The Kangaroo Post

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Sr. Carmona Rodrigues

Embora compreenda que ainda esteja um pouco atabalhoado com a sua nomeação dinástica para presidente da câmara de Lisboa (e tenha cuidado que o Santana ainda volta... lol), peço-lhe encarecidamente que anote o seguinte assunto de interesse público:

Despeça por amor de deus e todos os santos o idiota que contratou este ano para fazer as iluminações de Natal da baixa. Parece que estamos no carnaval, num misto de cultura pimba e kitsh.
Passo a explicar: o sr. presidente acha NORMAL uma pessoa não conseguir suportar mais de 1 minuto no Rossio? É que com aquelas luzes intermitentes a toda a volta que lá colocaram e que não param de piscar, parece que estamos numa sessão fotográfica da Caras (o Santana tá metido nisto), e aquele flash todo realmente cansa a vista. Além dos custos astronómicos que aquilo deve representar dado estar sempre a acender e apagar...
Além do mais, este ano presentearam-nos com umas fantásticas abóbodas (blarghhh) em azul celestial... que mais parece aqueles néons baratos que se encontram nas... não sei se me percebem... ou então aquele azul berrante das garrafas da pepsi tão a ver...? e temos disto em todo o rossio e rua augusta por ali abaixo...
Na avenida da liberdade somos presenteados com a pior iluminação de há muitos anos: umas cordas que estão penduradas nas árvores, a baloiçar alegremente...
E agora o pior: na minha rua, como costume, não colocaram iluminação nenhuma (e ai de quem me diga que isso é compreensível... :P). Quiseram no entanto, fazer uma pequena provocação. Imaginem uma rua relativamente extensa, sem qualquer iluminação e onde se vê, mais ao menos a meio, dois fiozinhos amarelos brilhantes que ligam a iluminação de duas das ruas mais iluminadas da capital. Ou se põe iluminação ou não se põe.
Agora uma rua às escuras com dois fios no meio a destoar??? Deixem-me ao menos ter o meu blackout!

Sr. Presidente, ainda vai a tempo. Salve o meu Natal. Obrigado.

Pois é.
I've made up mind. E desta é de vez.

Agora já posso dizer sem problemas: VOU PARA A BCG.

No caso de alguém mais incauto me estar a ler, não, não é uma vacina ok?

Agora só falta mesmo ir assinar o contrato. Depois de quase me terem atirado pela janela na McKinsey, desta vez aceitaram mais ou menos bem a resposta. O telefone não pára de tocar com pessoal da BCG a felicitar-me pela decisão e a dizer que não me vou mesmo arrepender.

Acho mesmo que não. Depois de várias semanas a recolher informação e falar com dezenas de pessoas cheguei à conclusão que são provavelmente dois dos melhores sítios para se trabalhar em Lisboa. Também cheguei à conclusão que são duas consultoras fantásticas e que fazem basicamente as mesmas coisas com os mesmos clientes. E assim decidi-me por aquela onde me senti bem desde o primeiro momento e onde me senti mais identificado com as pessoas que encontrei.

Além de existirem duas claras vantagens: o salário é bastante maior e o escritório simplesmente fabuloso, com uma vista sobre o tejo que dava para um postal.


Até que enfim! Parece que tirei um peso enorme dos ombros. Agora, depois de 3 semanas a faltar às aulas, recomeça a normalidade. Semana de mini testes e de dores de cabeça, dado não fazer a mínima ideia do que está a ser dado na maior parte das cadeiras! :o)

(Há músicas que nos dizem tanto...)

You're never with me
You're never near me
What time is it ?
What time?
Whose time is this?
Give yourself a chance to breathe
I'll give you the room you need

You're never here
You're never near here
What day is this ?
What day?
Whose day is this?
Put me in your supermarket list
I'm here, I'm real, it's true, I do exist

Today you may feel a little sleepy
Maybe the morning is too soon
I'll guess I will have to borrow
One of your sunny afternoons
But afternoons they never come
There's nothing left for me to borrow

I guess I'll try again tomorrow

You're wasting me
You're breaking, you're wasting me
Can this be love ?
Is this ? 
Whose love is this?
What is wrong with you I don't know
No place in you for me
and me, I need you so

And if you want to be by yourself
No one disturbing that's alright
I guess I will have to borrow
A little of yourself tonight
But tonight it never comes
There's nothing left for me to borrow

I guess I'll try again tomorrow

It may seem a little hollow
But I will try again tomorrow

There's nothing left for me to borrow
I guess I will try again tomorrow 



(but tonight it never comes...)

(...) at least for this weekend (...)

Sabem como é que me sinto nas últimas semanas? Como um brinquedo pelo qual estão a lutar duas crianças mimadas (uma mais que a outra) para ver quem é que fica com ele... e eu apanhado no meio disto tudo.

Uma visão menos optimista seria uma corda que está a ser puxada de ambos os lados e que daqui a nada rebenta...

Bem, o que ainda me consola é alguém me ter lembrado que é melhor ser o boneco que está a ser disputado do que aquele que ninguém quer... mas acreditem que não é nada fácil.
Mais pormenores nos próximos episódios...

Hoje, em tributo e justa homenagem à maldita avaria do ar condicionado das salas de informática, que gosta de fazer sentir a sua prepotência através de uns amenos 35º, decidi partilhar convosco alguns dos tipos de alunos com que se poderão deparar se se dispuserem a dar aulas em salas de informática.
Enjoy:

O Surfista
O surfista é aquele aluno que se está completamente nas tintas para aquilo que estamos a tentar explicar e que se dedica a surfar na net durante a aula toda. Está sempre na boa, quando perguntamos alguma coisa parece que está ganzado e responde sempre com um "não percebi muito bem".

O Idiota
O idiota é uma evolução do surfista. É um gajo, que na sua inocência, pensa sempre que é mais esperto que o professor, e que além de surfar na net às escondidas, entretem-se com jogos durante a aula, e, se for mesmo muito evoluído, conversa no messenger. É uma evolução porque pensa que consegue enganar. Conseguir é outra história. Normalmente recorre ao truque de esconder a barra de tarefas para não vermos que programas é que tem aberto. Esquece-se que eu também sou aluno. Fica normalmente desconfortável quando lhe apontamos o facto porque percebe que não é tão esperto como pensava. Tão básico que dá vontade de rir.

O Chico-Esperto
O chico-esperto é o tipo de aluno que pensa que já sabe sempre tudo aquilo que vamos dizer e que nos olha com uma cara de enfadado que até dá sono. Sempre à procura de uma oportunidade para brilhar, não hesita em apontar-nos o mínimo esquecimento. Normalmente está tão concentrado nas coisas que já sabe que só consegue aprender as coisas que lhe tentamos ensinar quando lhe dizemos três vezes que a forma de resolver não é como pensava.

O Nerd
O nerd é normalmente um tipo com óculos que só vê computadores à frente. Percebe mais de informatica do que eu e é um fascinado por programação. Acha o Visual Basic uma forma literária de se expressar e normalmente está sempre a acenar a cabeça.

O Mensageiro
O mensageiro nem sempre é um aluno, podendo por vezes ser um elemento externo. É um tipo que deriva do nerd e do idiota e que utiliza o sistema interno de mensagens da faculdade para emitir mensagens para todos os computadores em rede. Estas podem ser tão diversas como "Quando é que a aula acaba?", "O Luís é gay" ou ainda "A Ana gosta de levar no bujom" . Esquecem-se sempre que eu consigo descobrir quem é que anda a mandar mensagens, e por isso por vezes estão em maus lençóis.

O Intruso Tipo I
O intruso tipo I é o aluno, normalmente erasmus, que se apercebe que está numa aula quando eu já comecei a falar há 40 minutos e todas as pessoas estão estranhamente a olhar para mim. Normalmente é preciso recorrer ao inglês, embora nem sempre dê bons resultados. Depois de 10 minutos a pedir desculpa, despede-se com um sorriso.

O Intruso Tipo II
O intruso tipo II é normalmente um idiota que tem laços familiares muito fortes com idiotas. Quando pedimos educadamente para abandonar a sala porque vai haver uma aula olha com cara de snob, dado não possuir outra, e com um olhar de incredulidade, desconfiança e desprezo. Deve achar que quem dá aulas fá-lo por cunha, dado não conhecer outro modo de ter sucesso na vida. Por vezes é resistente, e permanece na sala mais tempo que o tolerável. Um pedido num tom mais alto anexado com algo do género "Importa-se de sair ou tenho de lhe pedir DE NOVO???" fá-lo sair da sala com o rabo entre as pernas. Enfim.

Os Perdidos
Os perdidos por mais que se esforcem nunca percebem nada daquilo que dizemos. São um grupo simpático, estão sempre a concordar conosco mesmo quando não fazem ideia do que estamos a dizer e acenam muitas vezes a cabeça. Depois de explicar três vezes a maior parte das vezes continuam sem perceber. Podem suscitar frustrações mas normalmente uma boa dose de paciência e perseverança costuma dar resultados ao fim de algumas semanas.

Os Porreiros
Os porreiros são uns alunos cinco estrelas a que dá gosto dar aulas. Claro que não trocava os outros por nada senão isto perdia a piada toda.

As Atentas
As atentas são aquelas meninas que estão na aula e absorvem tudo o que dizemos. Às vezes até causa uma certa impressão porque parece que ouvem mesmo aquilo que estamos a dizer. Desfazem-se em sorrisos e tem sempre os olhos brilhantes. Sorriem-nos no corredor e ficamos sempre com a impressão que quando estamos a escrever algo no quadro elas estão a olhar fixamente para o nosso rabo.

O Brazuca
O brazuca está na aula como quem está no café. Vem a comer, se pudesse fumava na aula, e normalmente nem se dá ao trabalho de abrir o programa em que estamos a trabalhar. Quando passamos por ele está a jogar minesweeper. Perante a nossa indignação responde com um "É mau, cara". Quando passamos de novo por ele ainda não começou a fazer nada e pergunta "Ô, posso, só acabar esse jogo aí?"

Como é possível (sinceramente) querer trocar isto por uma carreira de consultor?

Isto tava mesmo complicado... até que enfim tomei uma decisão, já sei para que consultora vou!
Shhhhiu, não posso dizer qual é porque talvez andem a ler o blog. Nestas coisas é preciso cuidado... lol

Já estou completamente farto de almoços e jantares com este e com aquele... sim, porque isto de vida social também cansa. A semana passada fui a três aulas... eu a ir a três aulas numa semana inteira tão a ver?

Depois de muito ruminar no assunto decidi-me. Ouvi milhentas versões, de um lado e do outro, algumas mais consistentes que outras, algumas pessoas com mais credibilidade para mim do que outras. E no final acho que tomo a decisão pelo melhor critério possível.

Esta semana, em termos profissionais, senti-me completamente nas nuvens. É espectacular estar numa posição em que temos duas consultoras, ainda por cima as duas melhores consultoras do mundo, a fazer pressão para que trabalhemos com elas. Parece que o papéis se invertem.

Bolas, vou jantar com o presidente de uma amanhã e tomar o pequeno almoço com o presidente a outra no dia a seguir! Até me sinto importante!
Isto agora sabe bem, mas no fim de semana pensava no quão mais fácil teria sido se tivesse passado apenas numa.

No fim desta semana comunico-lhes a minha decisão. É impossível agradar a gregos e troianos, mas eu pelo menos fico contente. Já estava farto de não me conseguir decidir.

ps: agora o irónico disto era algum dos "eventos" dos próximos dois dias alterar a minha opinião...

Por vezes é mesmo lixado tomarmos a decisão que achamos que é acertada.
Mas é bom saber que sou capaz de olhar além do meu umbigo e preocupar-me com os outros. Talzes esteja a ser completamente burro e a deitar fora uma oportunidade de sonho, mas prefiro agir de acordo com o que sinto e o que acho correcto.
Não gosto de ser magoado e não tenho por hábito magoar ou brincar com os sentimentos dos outros.
E não seria por uma vontade egoísta que iria fazê-lo agora.

Devo um pedido de desculpas, que foi entregue em pessoa.
Tou contente por termos conseguido voltar ao normal. E ainda bem que conseguimos fazê-lo.
Quero poder contar contigo e quero que contes comigo como sempre.

Como tu disseste, a amizade vale muito mais que uma paixão.

Este post é uma homenagem à Lista K (que ganhou!!!) e a todos os que se esforçaram para que fosse possível a continuação de um projecto credível na associação de estudantes.
Teremos boas notícias em breve...

Além do mais, fui eleito para o conselho de representantes (ganhei as primeiras eleições da minha vida!). Ok, confesso, não havia candidato concorrente, mas pronto, deve ter sido porque se assustaram com o adversário... :P E tive poucas abstenções!

ps: sabem vocês por quantos votos ganhou a Lista K? 100 votos, o que em 500 representa 20% do eleitorado! deveriam ver a cara do "outro" candidato...

Cheguei agora de um sítio, que, por mais que tentassem, nunca iriam conseguir adivinhar: um concerto dos Da Weasel.
Fechem as bocas e leiam o porquê: tudo porque a minha querida maninha me pediu. E lá fui eu, armado em irmão protector atrás dela, levá-la ao concerto (além de guarda-costas, tb servi de motorista para os amigos e amigas).

Acho que já devem calcular que Da Weasel não faz bem o meu género, tirando aqueles hits tipo pastilha elástica que até se mastigam numa discoteca.
E qual é o meu género perguntam? Se forem uns leitores atentos, já sabem que gosto muito de jazz. Jazz? Sim, jazz, meus incultos, um dia destes faço-vos um post com algumas músicas imperdíveis.

Bem, deu para desanuviar, danificar consideravelmente o estado já débil dos meus tímpanos, apanhar uma seca de duas horas, mas deu para algo muito melhor: para rever a Lúcia e a Raquel, que foram de propósito ter comigo à entrada só para me ver. Já tinha saudades vossas! Prometi que desta vez cumpro a promessa de ir beber um café quando for de fim de semana. Tá escrito!

Também encontrei a Pipas, que já não via há anos. Fiquei nostálgico. Tenho saudades de vocês, dos cafés no Segundo, das conversas nas aulas, do copianço da Raquel nos testes, das birras com a Lúcia. See ya soon!

Rola-me uma lágrima pela face. Nunca percebi porque razão as lágrimas sabem a sal.
Preciso de um kleenex para a alma.

Este é decididamente um fim de semana de escolhas difíceis.

Devia estar contente, porque recebi duas propostas para estágio de verão (ou seja, passei nas entrevistas de ambas as consultoras!).
As propostas são astronómicas (em termos financeiros) e ando a receber uma média de 5 telefonemas por dia de várias pessoas de cada uma das consultoras a pressionarem-me para aceitar a proposta e ir trabalhar com eles. Devia andar com o ego preenchido porque estou farto de ouvir elogios de ambas as partes, sinto que cada uma delas está a esforçar-se imenso parar que eu vá para lá trabalhar. Acho que no fundo sou uma pessoa cheia de sorte.

No entanto não estou feliz.

Além da difícil decisão que será escolher para qual consultora ir trabalhar, deparo-me com outras escolhas bem menos fáceis.
Sinto que magoei alguém, ou que estou prestes a fazê-lo. Ainda por cima alguém que se tem tornado uma pessoa muito especial para mim. Nunca fui muito dotado a gerir relacionamentos, confesso, mas sinto-me pessimamente com o que se está a passar. O silêncio de ambas as partes torna tudo tão estranho.
Passamos um pelo outro e desviamos o olhar. Cruzamo-nos e estupidamente ajo como se nada se tivesse passado. Falamos e sinto mágoa da tua parte. Pelo meu silêncio, pela minha indecisão. É tão estranho o dia seguinte. Voltar à rotina, encontrar-te, não saber como gerir a situação em que nos colocámos. E no entanto, não quero perder-te.
A tua inteligência, o teu humor, a tua maturidade, a forma como consegues falar apaixonadamente de ti e dos que te rodeiam. Adorei-te desde o primeiro dia.
Talvez apenas não da mesma forma.

Sinto-me a chorar por dentro. Alguém sabe o que isso é?

Vim a casa passar o fim de semana.
Já não via a família há quase um mês. Parece tudo tão diferente, estranho e tão longínquo.

O cheiro da lenha a arder, as castanhas, o frio.
Quero que o tempo pare. Preciso de tempo para pensar em tudo e em nada.
Estou confuso. Anda tanta coisa a vageuar na minha cabeça ao mesmo tempo. Porque razão os sentimentos são tão difíceis?

Como é possível? Eu tinha de estragar parte de uma noite perfeita porquê?
Irritam-me os meus medos, os meus receios, a minha insegurança. Detesto ser assim.

Porque razão acabo sempre por magoar os outros?
Estou um desastre. Só queria poder desaparecer para todo o sempre.

Hoje é dia de festa!
A não perder: festa da Lista K no antigo Musicais, agora discoteca Lua (este nome é altamente duvidoso não acham? parece uma discoteca africana ou algo bem pior...)

Eu vou estar lá! Encontram-me a tirar as imperiais (yep...) ou então através do meu telémóvel.

See Ya. ;)

Bom, hoje também foi o dia da McKinsey.
E aqui tenho algumas razões para sorrir!
Gostei muito da regata de domingo, nunca tinha ido a nenhuma, e, embora não houvesse vento nenhum (o que tornou aquilo ligeiramente secante), gostei.

Hoje foi o dia da entrevista e correu-me MUITO bem. Muito bem no sentido em que foi a que me correu melhor atá agora. Mesmo. Agora vamos esperar pelo contacto para a próxima fase.

Gostei muito das instalações, que ficam ali no saldanha, gostei das pessoas, acho que vou gostar de consultoria.
Aquilo de que eu não gosto é da rejeição.
Nomeadamente da BCG. Não sei se estão todos dentro do assunto, mas a McKinsey tem quase o dobro da dimensão da BCG. No entanto, acho que senti qualquer coisa na BCG que ainda não senti na McKinsey, qualquer coisa que me diz que gostaria mais de trabalhar ali.

Talvez seja só eu e o meu medo de rejeição a falar mais alto. Porque eu gostaria mesmo de ter por onde escolher.
Veremos. Até ao final da semana deverá estar decidido para onde vou. Até lá, Relax.

Bem, depois de muitas tentativas frustradas, cá estou eu de volta... devido a problemas técnicos na rede interna da residência não tem sido possível aceder à net, e logo na semana em que eu tenho tanta coisa para contar...

Comecemos pela parte triste.
Depois do fabuloso jantar no BBC da passada quinta (onde encontrei algumas socialites da nossa praça, par example, Mme Lili, Paula Bobone, Rita Mendes e David Simões - encontrem-me numa Caras à venda em qualquer banca de jornais) fui ontem à 2ª ronda de entrevistas na BCG.

Digamos que não foi um momento muito feliz.
A primeira entrevista correu bem, tirando o facto do homem ter perguntado de chofre o seguinte:

"Se fosse administrador de um banco e estivesse numa ilha deserta, quais seriam os 10 indicadores que pediria para analisar a situação do mesmo?"

Depois de me ter engasgado não-sei-quantas vezes, lá disse alguma coisa me pareceu minimamente inteligente. O que me irritou foi o dito cujo não dar feedback absolutamente nenhum, e eu estar ali a atirar indicadores sem saber se seriam relevantes ou não. :(

Segunda entrevista, com o presidente do escritório de Lisboa: o sr. começa por chegar QUARTENTA minutos atrasado (o que contribuiu para me por ligeiramente mais nervoso), e assim que chega, entra a matar.
Normalmente existe uma parte para conversarmos sobre o currículo e sobre o entrevistado (moi), mas este decidiu uma aproximação mais radical: atirou-me logo com uma pergunta sobre leilões (parecia que tinha a tara do Fernando Banco, que também adorava essas coisas). Eu acho que até me desenrasquei bem.
O pior vem a seguir. Fez-me uma pergunta básica sobre custos e receitas e não é que eu me atrapalhei todo?
E sabem o que era pior? O olhar do dito. Olhava-me com uns olhos super penetrantes, não sei se estão a ver, daqueles que parece que nos querem perscrutar o pensamento.
Isto também não me ajudou a ficar muito confortável.

No final, fiquei sem perceber qual tinha sido a impressão dele. Ria-se mas eu não sabia se estava a brincar com a situação e a compreender que aquilo era uma questão de nervosismo e cansaço, ou se estava pura e simplesmente a gozar.
Não acho que me tenha corrido mal no geral, só tenho medo é de não me ter corrido bem o suficiente.
Logo na empresa que eu estava a gostar mais. :(

Até que enfim...
E adivinhem o que há hoje? Borga pois claro! ;)

Embora tenha frequência de Finanças no sábado (outro sábado?) e o tempo me esteja a escorrer pelos dedos, tenha 3 cestos de roupa para por a lavar e o meu quarto esteja a precisar definitivamente de uma arrumação (acreditem), hoje é um bom dia.

Telefona-me a Joana:

"Diogo, já sabes quanto é que tiveste a Macro 2?"
"As notas já saíram?"
"Tiveste 20!"

Depois de três pulos e meio:

"Mas o quê, tive mesmo 20?"
"Sim!"
"Mas, quer dizer, foi 19 vígula qq coisa não?"
"Não, foi mesmo 20.0!"

Definitivamente, hoje é um bom dia... :)

Hoje é um dia histórico... anotem nas vossas agendas pois vai ser comemorado nos próximos 10 anos, no mínimo.
Consegui fazer o nó de uma gravata!
E melhor, ficou bem feito!

Incrível, não é?

Fui seleccionado para a segunda fase!
Yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! :D

Não imaginam como estou contente!
Telefonou-me uma "tia" muito simpática da BCG a dar-me os parabéns, que a minha entrevista tinha sido excepcional, que tinham gostado muito, que muito poucas pessoas tinham passado (vá lá... deixem-me polir o ego, é só hoje).

Agora segue-se uma nova entrevista (onde é que eu tenho tempo para isto tudo?) na próxima segunda-feira, com... o "prezidente da xunta"... pois. Mas isso vai correr bem.

Além de ter recebido esta fantástica notícia, fui convidado para um jantarzito esta noite... um jantar com a equipa da BCG (a referida consultora) no BBC.
Colocam-se aqui alguns problemas, nomeadamente a nível de guarda-roupa. Não sei se a ocasião o exige, mas vou jogar pelo seguro e vou de fato. Eu até nem fico mal de fato... ;)

Devido a algumas contingências (principalmente uma frequência de OI para a qual apenas tive 5 horas para estudar), só agora vos conto como foi a reunião...

Correu bem!
Vocês não imaginam as perguntas que estas consultoras fazem... ora vejam lá se conseguem responder:

1. Telefona-vos o ministro da saúde e diz-vos que quer montar de raiz unidades hospitalares apenas para fins de obstetrícia. Quer saber quantas camas vão ser necessárias para recuperação de parto.
2. A Brisa vai deixar de se dedicar ao negócio da concessão de auto-estradas. É viável entrar no negócio das batatas fritas de pacote?
3. Qual é o montante volume de negócios anual de pratos em lisboa? (ou seja, quanto é que vale este mercado?)

Entre outras, estas foram algumas das perguntas que me colocaram. Correu muito melhor do que eu estava à espera, a única que me correu menoss bem (a única? sim... eram três entrevistas seguidas!) foi a das camas para recuperação de partos, mas consegui lá chegar.

Agora ficamos a aguradar pelos próximos episódios. :)
Vamos ver se há próximos espidódios... ;)

Amanhã é a entrevista.
São pouco mais de oito horas da noite e estou com uma pilha de nervos em cima. Sinto-me estranho e cansado, pareço que não sou eu.
Estive a analisar alguns casos-tipos que costumam colocar nestas entrevistas. Stressei.
Eu, que normalmente sou tão confiante, estou desfeito em dúvidas, medos e hesitações.
Tenho medo de não estar à altura. O que se passa comigo? Eu não sou assim.

Dói-me a cabeça. Tenho frequência na quarta e ainda não comecei a estudar. Começo a pensar em tudo ao mesmo tempo.
Relax. Isto tem de correr bem.

Não vou desperdiçar tudo em hora e meia. I hope.
God help me.