The Kangaroo Post

Este é decididamente um fim de semana de escolhas difíceis.

Devia estar contente, porque recebi duas propostas para estágio de verão (ou seja, passei nas entrevistas de ambas as consultoras!).
As propostas são astronómicas (em termos financeiros) e ando a receber uma média de 5 telefonemas por dia de várias pessoas de cada uma das consultoras a pressionarem-me para aceitar a proposta e ir trabalhar com eles. Devia andar com o ego preenchido porque estou farto de ouvir elogios de ambas as partes, sinto que cada uma delas está a esforçar-se imenso parar que eu vá para lá trabalhar. Acho que no fundo sou uma pessoa cheia de sorte.

No entanto não estou feliz.

Além da difícil decisão que será escolher para qual consultora ir trabalhar, deparo-me com outras escolhas bem menos fáceis.
Sinto que magoei alguém, ou que estou prestes a fazê-lo. Ainda por cima alguém que se tem tornado uma pessoa muito especial para mim. Nunca fui muito dotado a gerir relacionamentos, confesso, mas sinto-me pessimamente com o que se está a passar. O silêncio de ambas as partes torna tudo tão estranho.
Passamos um pelo outro e desviamos o olhar. Cruzamo-nos e estupidamente ajo como se nada se tivesse passado. Falamos e sinto mágoa da tua parte. Pelo meu silêncio, pela minha indecisão. É tão estranho o dia seguinte. Voltar à rotina, encontrar-te, não saber como gerir a situação em que nos colocámos. E no entanto, não quero perder-te.
A tua inteligência, o teu humor, a tua maturidade, a forma como consegues falar apaixonadamente de ti e dos que te rodeiam. Adorei-te desde o primeiro dia.
Talvez apenas não da mesma forma.

Sinto-me a chorar por dentro. Alguém sabe o que isso é?